Introdução - Fundamentos da Arquitetura de Software
Este é o primeiro artigo que escrevo sobre o livro Fundamentos da arquitetura de Software: uma abordagem de engenharia, a ideia é ir colocando um resumo do capítulo e alguns pontos de atenção, e a gente ir passando por todos, até o fim do livro.
Comecei a ler o livro por causa do Clube do Livro do Lucas Gertel, lá na plataforma ele esta colocando seu resumo(se quiser participar, só se cadastrar na plataforma), a ideia aqui é fazer o mesmo.
Te convido a participar da leitura do livro, é um ótimo livro para quem quer compreender melhor o mundo de Arquitetura de Software
Arquitetura é sobre algo importante… seja lá o que for. — Ralph Johnson
O que faz um Arquiteto de Software?
Logo no início do capítulo, já temos um dos grandes questionamentos: O que faz um Arquiteto de Software? O que é Arquitetura de Software?
Em outras áreas, ou até mesmo como desenvolvedor, a gente tem uma idea de qual o papel, e qual o escopo de trabalho, mas como arquiteto, não temos esse conceito definido, até mesmo pois é um papel que vem mudando muito durante os anos, principalmente após o surgimentos dos microsserviços, antes o foco era mais na parte puramente técnica do software, agora, é a orquestração de todas as “caixinhas” que compõe os sistemas.
Mas não podemos sair sem uma definição mínima de quais os principais papéis de um arquiteto, e no livro ele traz um diagrama, claro que não tem como ser completo, pois pode mudar para cada contexto, mas já consegue dar uma idea inicial.
Arquitetura de Software
“Tudo em Arquitetura de software é uma concessão” — Primeira Lei da Arquitetura de Software
Entender Arquitetura de Software é fundamental para exercer o papel de arquiteto com eficácia. A Arquitetura de Software refere-se à estrutura de componentes de um sistema, suas responsabilidades e como eles interagem. Estes componentes são responsáveis por aspectos chave do sistema e como estes se relacionam pode fazer toda a diferença no resultado final.
Arquitetura de Software é o esqueleto estrutural que define como um sistema de software é organizado e como seus componentes interagem entre si. Ela abrange um conjunto de decisões significativas sobre a organização do sistema, incluindo a seleção dos elementos estruturais e suas interfaces, além do comportamento coletivo dos elementos.
O que esperar de um Arquiteto?
Assim como o conceito de Arquitetura, definir o que se espera de um arquiteto também é desafiador. Em vez de uma definição única, o livro apresenta uma lista dos principais pontos que esperamos de um arquiteto:
- Tomar decisões de arquitetura e analisá-las continuamente
- Ter conhecimento do domínio do negócio
- Possuir boas soft-skills
- Lidar bem com questões políticas
- Saber negociar
Insights da Live na Eximia
Muitas das coisas adicionadas neste artigo, também vieram de uma live que rolou da Eximia, foi bem no momento que estava lendo este capítulo, vale a pena ver a live, tem muitos insights que não consegui compilar aqui, fora a vasta experiência dos palestrantes Fernando Paiva e Gabriel Kohlrausch.
Essencial ou completamente dispensáveis?
Antes de definir o papel do arquiteto, é fundamental compreender o que é Arquitetura. Temos várias definições, cada uma em diferentes níveis, o que pode gerar confusão. No entanto, algumas ideias centrais são comuns:
- A Arquitetura foca em componentes, responsabilidades e relacionamentos.
- Bons diagramas representam essas ideias, e é essencial utilizar frameworks como C4 Model para essa representação.
Inclusive, se quiser saber mais sobre C4 Model, eu jã falei bastante sobre o assunto: Documentando arquiteturas com C4 Model
Principais Responsabilidades de um Arquiteto:
- Buscar sempre o menor risco e custo, focando nas estratégias de negócio.
- Tornar tudo visível e compreensível para todas as partes interessadas.
- Ter uma boa documentção, que é realmente usada, e não só mais um processo.
Comunicação e Descoberta:
Um dos maiores desafios e responsabilidades do arquiteto é a comunicação. É preciso descobrir e documentar sistemas e criar consensos entre as partes interessadas. A documentação como o Architecture Haiku e ferramentas como o ADR (Architecture Decision Record) ajudam muito nesse processo.
Essência do Papel do Arquiteto:
- Não é apenas um desenvolvedor sênior promovido, nem alguém que sabe tudo e toma todas as decisões.
- É uma função de alta especialização que requer um profundo entendimento tanto técnico quanto de negócio.
- O arquiteto deveria estar imerso no time, ajudando com provas de conceito e mantendo uma comunicação constante e clara, inclusive para receber feedbacks e insights das decisões que foram tomadas.
Conclusão
A Arquitetura de Software é, de muitas formas, uma arte de concessões e trade-offs. Entender os limites e saber quando adaptar ou mudar é crucial. Este capítulo introdutório do livro nos dá um visão da complexidade e importância da função do arquiteto de software, no livro ele aborda mais alguns conceitos, mas só a ideia de definir sobre Arquitetura e o papel do Arquiteto, já são o bastante para este “artigo”. Nos próximos artigos, continuaremos a explorar mais detalhadamente esses temas.
Espero que este resumo tenha sido útil e aguardo você nos próximos capítulos!